A
população brasileira ficou mais pesada nos últimos anos. Uma pesquisa realizada
pelo Ministério da Saúde, em parceria com o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas
em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo revelou que, de 2006 para
2011, o percentual de pessoas que estão acima do peso subiu de 42,7% para
48,5%.
Ainda
nesse período, o índice de obesos na população do país passou de 11,4% para
15,8%, segundo os dados publicados.
Homens e mulheres tiveram aumento na porcentagem de gordinhos. Se
em 2006 eles eram 47,2% e elas 38,5%, hoje, 52,6% do público masculino está com
excesso de peso, enquanto o índice feminino passou para 44,7%.
A principal diferença está na idade em que os sinais da obesidade
começam entre os gêneros, que no caso deles, é mais cedo. A pesquisa revelou
que 29,4% dos homens com 18 e 24 anos já apresentam um Índice de Massa Corporal
(IMC) acima do esperado, sendo que esse índice quase dobra na faixa etária dos
25 a 34 anos.
Entre as
mulheres, o excesso de peso começa a se manifestar principalmente com o passar
da idade. É a partir dos 45 anos que o percentual de gordinhas chega a 55,9%,
época em que a obesidade se estabiliza, mas em um patamar alto, atingindo um
quarto desse público. O estudo identificou ainda que a cada 10 anos, há um
aumento de 6% no peso das brasileiras.
Quem são os mais sedentários?
O levantamento também analisou o comportamento dos gêneros em relação à prática da atividade física. A boa notícia é que o número de sedentários nesses seis anos diminuiu. No entanto, ao contrário do que muitos pensam, os homens é que formam o grupo mais ativo. Da população masculina, 39,6% pratica atividades regularmente, enquanto para elas a porcentagem diminui para 22,4%.
É importante ressaltar ainda, que
o estudo identificou que, conforme o tempo passa, mais sedentárias as pessoas
ficam: enquanto 60,1% dos homens com idade entre 18 e 24 anos se exercitam,
apenas 27,5% deles age da mesma forma na faixa etária de 65 anos.
Entre as mulheres não é
diferente, mas a diferença entre os percentuais não fica tão evidente. Daquelas
com idade de 25 a 45 anos, 24,6% são atletas, enquanto entre as com mais de 65
anos, o índice cai para 18,9%.
A
importância da prevenção
A pesquisa foi divulgada no dia 10 de abril e contou com a participação de 54 mil adultos em todas as capitais e no Distrito Federal. As entrevistas foram realizadas entre janeiro e dezembro de 2011 e reforçam a importância de desenvolver políticas públicas de prevenção, principalmente entre os jovens, para evitar o problema do aumento de peso na população.
A pesquisa foi divulgada no dia 10 de abril e contou com a participação de 54 mil adultos em todas as capitais e no Distrito Federal. As entrevistas foram realizadas entre janeiro e dezembro de 2011 e reforçam a importância de desenvolver políticas públicas de prevenção, principalmente entre os jovens, para evitar o problema do aumento de peso na população.
As medidas já criadas pelo Ministério da Saúde, como a redução do
sal nos produtos da indústria alimentícia e o investimento em academias
gratuitas, estipulam metas para serem cumpridas a partir de 2014 até 2016.
A importância de combater a
obesidade se reflete na saúde da população, já que o problema está relacionado
a outras doenças, como colesterol, diabetes, hipertensão e lesões ortopédicas.
Vale lembrar, no entanto, que além das ações governamentais, cada um precisa
fazer sua parte, apostando em uma alimentação saudável e na prática de
exercícios físicos.
Fonte: BoaForma